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Poderes reprodutivos e suas armadilhas
Segundo a antropóloga Rita Segato, todas as sociedades enaltecem a maternidade ao mesmo tempo em que maltratam as mães -ainda que cada uma o faça do seu jeito. A razão desse aparente paradoxo é que a idealização serve justamente para colocar debaixo do tapete a realidade que preferimos ignorar. Como o tapete é sempre curto, o ignorado retorna na forma de violência e adoecimento. Movimentos de empoderamento de mulheres correm o risco de, inadvertidamente, caírem na mesma armadilha. Para evitá-la temos que levar em consideração os diferentes lugares nos quais a idealização da maternidade, erroneamente reduzida à genitora, se ancora.
Leia mais (08/29/2022 – 13h19)
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